domingo, 4 de julho de 2010

Música e Religião



O álbum de música islâmica gravada pelo cantor pop Youssou N'Dour em 2004 lhe valeu o boicote de alguns fãs muçulmanos, mas, em um documentário que está lançando sobre o álbum, "Egypt", ele diz que a música incentivou uma apreciação mais profunda do islã.

"Youssou N'Dour: I Bring What I Love" , documentário dirigido por Chai Vasarhelyi, contrasta a recepção entusiasmada ao álbum "Egypt", premiado com o Grammy 2005, durante turnê do cantor pela Europa e Ásia, com a recepção fria no país nativo do cantor, Senegal, onde o álbum foi alvo de boicote.
"Quando há uma quebra com a tradição, as pessoas não conseguem aceitar de imediato. Leva um pouco de tempo", disse o cantor de 49 anos.
"Senti que o álbum poderia ser uma contribuição positiva. Minha música diz que o islã é tolerância e paz." O filme mostra a polêmica em torno do álbum, acompanhando N'Dour em turnê e depois que ele recebeu um Grammy por "Egypt" em 2005.
Na Europa, quando N'Dour apresentou canções como "Allah", cantada na língua wolof com orquestra egípcia clássica, ele foi ovacionado em pé e houve poucas complicações. Na Irlanda, N'Dour, que se descreve como muçulmano devoto, atrasou sua apresentação por meia hora para pedir ao público que não tomasse cerveja.
No Senegal, jornais acusaram o cantor -- que já colaborou com Bono e Peter Gabriel -- de insultar o islã, dizendo que música pop e religiosa não devem ser misturadas.
Quando N'Dour se juntou a outros membros da irmandade Mouride, um ramo do sufismo islâmico africano, numa peregrinação anual à cidade santa senegalesa de Touba, ele foi repudiado.
Descendentes de Cheikh Ahmadou Bamba, místico, poeta e pacifista muçulmano que fundou a irmandade nos anos 1880, chegaram a ameaçá-lo com um processo, mas a ameaça mais tarde foi descrita como mal-entendido.
N'Dour disse que, quando gravou "Egypt," quis apresentar ao público mundial uma música que "louva a tolerância de minha religião" e destacar as contribuições da África ocidental ao islã.
Ele gravou o álbum antes dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA, mas adiou seu lançamento para evitar qualquer vinculação da música aos ataques. Em 2004, ele achou que já esperara o suficiente.
"A música é parte de tudo. Minha religião também é parte de tudo"
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,filme-de-youssou-ndour-explora-musica-e-isla,388321,0.htm

sábado, 3 de julho de 2010

Oficina II



O que a sociedade pode e o que não deve fazer?



A Comunicação/Educação como mediadora do processo de produção e recepção é o tema de base do meu TCC de conclusão do curso de Comunicação Social – Jornalismo/UNIRON. Discutimos, à luz da teoria do dialogismo de Bakhtin a interpretação do discurso fonte (discurso literário) - transformado em discurso de vulgarização científica (em videoclipes) pelos interlocutores (os alunos e professores participantes da Oficina) - por estudantes do ensino Fundamental e Médio da Escola Marcelo Cândia (EMC), em Porto Velho-RO.
O objetivo geral do estudo foi validar a produção e uso de videoclipes com música amazônica como ferramenta de educomunicação científica e ambiental na educação formal.
Alunos da disciplina Lingua Portuguesa, da ECM, sob a orientação da profa. Eni Camargo, participaram do processo de avaliação do videoclipe produzido com a música Pela cauda de um cometa (Nivito Guedes e Fernando Canto / Intérprete: Juliele). Foi feita a análise textual da letra da música , discutida a questão: “O que a Ciência faz e o que a sociedade pode fazer para minimizar os problemas ambientais?” a interpretação dos alunos, foi apresentada na forma de cartazes.