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quinta-feira, 18 de junho de 2009

A música amazônica na educação ambiental

É do senso comum que a música interfere no comportamento das pessoas de acordo com o tipo de melodia, ritmo ou letra. Assim é que para fazer adormecer suas crianças, mães cantam músicas que enternecem, acalmam.
Professores e pesquisadores da área de psicopedagogia, musicologia e comunicação, dentre outras, reconhecem a importância da música no processo de ensino e aprendizagem, considerando-a como uma ferramenta que desperta o indivíduo para um mundo prazeroso e satisfatório para a mente e para o corpo que facilita a aprendizagem e a sua socialização.
Maria de Lourdes SEKEFF, professora da UNESP, considera necessário o uso da música como ferramenta auxiliar do processo educacional escolar, compreendido de forma ampla, para além da sala de aula.
Como pesquisadora, temos utilizado a música na educação não-formal (com grupos de adultos e jovens de comunidades rurais) como recurso de aprendizagem e reflexão sobre questões ambientais aplicando-as em atividades de educação ambiental, utilizando a música como um dos componentes da diversidade cultural amazônica e que se manifesta sob várias formas, como podemos conferir no blog Falando de Cultura do acadêmico José Monteiro.

Ampliando este trabalho junto com jovens de escolas urbanas, nos despertou para a possibilidade do uso da música em atividades de sensibilização para questão ambiental, uma vez que, cada vez mais a juventude vem sendo chamada a participar de fóruns de discussão
A mais recente experiência foi a oficina de produção de videoclipes ambientais na Semana do Meio Ambiente da ESCOLA MARCELO CÂNDIA. A oficina contou com 33 participantes, dentre alunos e professores da escola e acadêmicos do curso de Jornalismo da UNIRON. Este é um dos Videoclipes produzidos nas oficinas.

Para mais informações sobre esse trabalho, ouçam entrevista que concedi para o site do projeto de divulgação cientifica CIECz - Ciência e Comunicação na Amazônia.

sábado, 25 de abril de 2009

Educomunicação

Uso da música 'MATANÇA" (Jatobá) em Oficina com assentados
Meu retorno para a linha da comunicação veio de novas experiências de trabalho com o uso de música em atividades de sensibilização para a gestão ambiental, dentro de uma proposta maior de formatação de uma metodologia de fortalecimento da organização comunitária por meio de Grupos Comunitários de Estudo (GCE). As observações sobre as interrelações entre educação e comunicação através de linguagem audiovisual no trabalho com GCEs em comunidades ribeirinhas e assentamentos em Rondônia, procuramos exercitar a teoria dialógica de Paulo Freire, baseada em “colaboração, união, organização e síntese cultural" pela criação e,ou adaptação de dinâmicas motivadoras da participação dos membros do grupo, incluindo o uso de música, como base para a discussão e reflexão sobre questões ambientais.

Estas iniciativas se inserem no campo da Educomunicação, cujo conceito, inicialmente tratado como educação para os meios, já avançou para outras concepções. Tomando a idéia proveniente da busca de uma relação equilibrada entre o homem e a natureza, Ismar Soares entende ser necessária a criação de "ecossistemas comunicativos" nos espaços educativos, que cuidem da saúde e do bom fluxo das relações entre as pessoas e os grupos humanos, bem como do acesso de todos ao uso adequado das tecnologias da informação, e neste caso, recomenda “ ... implementar as práticas da Educomunicação a partir da introdução da linguagem audiovisual na educação”.




É nesse contexto que se insere nossa proposta de experimentar fórmulas audiovisuais alternativas que buscam superar as práticas costumeiras de uso de imagens e sons educativos, criando dinâmicas adaptadas à realidade local, utilizando música como auxiliar em atividades de sensibilização para as questões ambientais

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O Problema do Problema de Pesquisa


Frequentemente, a formulação de um problema é mais essencial que sua solução (Einstein e Infeld, apud Selltiz et. Al, 1965).

Mesmo trabalhando há mais de 10 anos com pesquisa , o momento da delimitar e formular um problema de pesquisa, ainda me é difícil.
No
. curso de especialização em Jornalismo Cientifico (UniVap Virtual) . um dos textos da disciplina de Metodologia de Pesquisa trouxe a citação acima que ilustra a importância que a formulação de um problema tem em uma pesquisa.

Quando fiz a disciplina no Mestrado, a turma (10 alunos) se reunia para ouvir a apresentação da proposta do colega e discuti-la. Era até engraçado, quando um chegava certo de que já tinha conseguido formular o seu problema de pesquisa, e era “aniquilado” pela saraivada de perguntas cujas respostas demonstravam que o aluno ainda não tinha chegado na formulação do problema.

Eu mesma cheguei na UFV com um projeto pra trabalhar na linha da comunicação e acabei migrando para a sociologia rural com uma Tese sobre a reprodução social dos agricultores familiares migrantes. Mesmo assim não deixei de lado a coleta de dados sobre aspectos comunicacionais da população estudada.

As fontes para a identificação problemas de pesquisa são múltiplas. O problema pode surgir de experiências pessoais dos pesquisadores no trabalho ou em contexto de debates políticos e na literatura. O que me levou a mudar o rumo da minha pesquisa foram as observações que tinha tido oportunidade de fazer em trabalhos de planejamento participativo com agricultores familiares do Acre e Rondônia.